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Isso é muito bom! A conexão que tem com o público pela linguagem, pelas expressões que só o pagode baiano tem moral pra falar com o povo.

Muitas vezes eu vejo, e também faço, críticas sobre algumas abordagens em letras e expressões que poderiam limitar o alcance da mensagem e que poderiam ser produzidas com um pouco mais de cautela. Mas logo reflito que: para desconstruir uma linguagem e as coisas que as pessoas se alegram em ouvir, seria preciso mudar todo o contexto (e isso envolve o recorte geográfico, econômico, etc...) e não se muda cultura sem mudar o geral, cabendo também o questionamento se 'mudar' seria o verbo adequado.

Gosto de ler o que Alana citou sobre libertação, isso é realmente foda, quando uma cantora caminha com esse viés e trabalha a base de novas artistas que entendem que a mensagem precisa estar ali em alguma música, elas continuarão avançando com certeza!

Desejo todo sucesso para as minas que vem fazendo um trampo maravilhoso no pagode baiano e sonho em não vê-las estacionar, como maior parte do pagode baiano atual feita pelos caras.

Parece que há um limite no pagode baiano e que traçaram uma linha quase que estadual, dizendo: com essa arte, vocês só vão até aqui.

Imagino que o artista que vive da sua arte precisa investir nela (quando se tem de onde tirar)! Os caras ganham dinheiro e aparentemente não querem mais investir no som que faz. Criar produtoras, melhorar produções de música, canto, capacidade sonora, captação, formação musical para os músicos, estruturar shows diferenciados, clips, fazer som que possa concorrer em eventos, assim a mensagem alcança mais pessoas que precisam e com a qualidade que a favela merece. O Rap e o Funk conseguiram fazer isso, porque a gente não?

Enfim, muito feliz em saber que as minas estão crescendo no cenário!

Parabéns Entre Becos pela excelente matéria.

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